O Cavalo Crioulo
O cavalo crioulo da América Latina é o descente direto dos cavalos importados do Novo Mundo, desde Cristóvão Colombo, pelos conquistadores espanhóis durante o século XVI, mais particularmente por Don Pedro de Mendoza, fundador da Vila de Buenos Aires em 1535.
Um grande número destes cavalos de guerra fugiu ou foram abandonados para se tornarem, rapidamente, em cavalos selvagens, num ambiente ideal para o seu desenvolvimento. São os cavalos espanhóis (particularmente os Andalusos), portugueses e árabes que transmitiram seu sangue e suas principais características morfológicas da raça crioula.
Durante quatro séculos, a raça crioula se adaptara ao meio ambiente das grandes planícies sul americanas para sofrer uma severa seleção natural. Esta adaptação às condições de vida do meio ambiente, permitiu o desenvolvimento de sua grande qualidade, a resistência às enfermidades e a sobrevivência.
No início os índios, mais tarde os gaúchos, fizeram do crioulo o seu meio de transporte, seu companheiro de caça ou de trabalho e seu camarada de lazer. Desde então, o crioulo passou a ser o cavalo do gaúcho para o seu trabalho e o seu sustento.
Sua resistência fez o orgulho dos criadores que organizavam provas com distâncias de 750 quilometros, que tinham que ser percorridas em quatorze dias. Os cavalos eram pesadamente carregados (110 quilos para o ginete e sua sela) e tinham que alimentar-se unicamente com o pasto encontrado na região percorrida. O animal vencedor era aquele que terminava a prova sem ter sido parado pelos juízes ou veterinários, ter levemente emagrecido, porém ter permanecido fogoso como no dia da partida.
No final do século XIX, a introdução de machos europeus ou da América do Norte degenerou a raça. Uma seleção rigorosa, feita por alguns criadores apaixonados, permitiu a reconstituição da raça que foi admitida no “stud-book” argentino, em 1918.
O Cavalo Crioulo no Brasil
O berço do cavalo Crioulo é o sul do Brasil, fronteira com o Uruguai e, são criados na região do Rio Grande do Sul.
É uma variedade da raça crioula da América latina. Como os outros cavalos deste continente, ele é produto da mistura de raças de origem africana (cavalo árabe primitivo) e européia.
Para o cavalo crioulo do Brasil, as duas origens étnicas são equilibradas. Herdou do cavalo árabe sua altura que raras vezes ultrapassa 1,50 m, sua cabeça é de corte triangular, seu perfil ligeiramente convexo e reto, suas orelhas curtas e bem separadas, sua garupa pouco inclinada e seu caráter ativo. Do seu antepassado europeu, herdou sua crina abundante, seu aspecto pequeno, porém forte e sua tranqüilidade.
Atenção senhores Macegueiros, vamos conhecer mais e saber trata-los com dignidade o nosso parceiro, o Cavalo Crioulo
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