Macegueiros na XXII Cavalgada da Tradição – Trecho entre Comunidade da Boa União em Três Forquilhas e a Comunidade do Rio do Terra em Três Cachoeiras. - Uma Epopéia Aquática
A noite foi a mais tranqüila da cavalgada, a chuva deu uma parada, todos esperavam um domingo de sol brilhante. Ao amanhecer, iniciamos a desmontar os alojamentos e preparar os animais para último dia de cavalgada. Os primeiros trechos, a subida da serrinha, sabiam que seria o mais difícil, era uma subida bastante íngreme, numa distancia considerável, alguns quilômetros. O Sol estava convidativo, brilhava intensamente, como dando um prêmio os cavalarianos pelos dois dias anteriores que foram de muita chuva. Café na mesa, todos saborearam e se aprontaram para o inicio da cavalgada. Tudo pronto, partimos deixando a para trás a Comunidade da Boa União, o coração já dava sinais de saudades pelo tratamento recebido. Os macegueiros formavam um grupo compacto, tendo nos seus cavalos os companheiros ideais para aquela manhã, e seguiam os demais cavalos de modo imponentes e caminhar altivo, demonstrando toda a garbosidade do crioulo. Quanto mais nos afastávamos da Boa União, também os raios do Sol se afastavam dos componentes da cavalgada e a subida da serrinha cada vez se tornava uma incógnita, a chuva estava retornando e os abrigos ficaram nos carros de apoio que seguiram por outro itinerário para o almoço na Comunidade do Rio do Terra. Os Macegueiros juntos com os companheiros de cavalgada não roeram a corda e seguiram mesmo debaixo de uma chuva continua até a Comunidade do Rio do Terra. Um senhor de Três Forquilhas companheiro de cavalgada disse à frase que o seu pai sempre repetia e é a pura verdade:
“Carro para andar tem que ter combustível e cavaleiro para sair em cavalgada tem que levar a capa para chuva”.
O almoço na Comunidade do Rio do Terra foi excelente, churrasco dos mais dez regado a muita bebida, afinal de contas estávamos quase no fim da nossa cavalgada.
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